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1.
Acta Paul. Enferm. (Online) ; 35: eAPE01486, 2022. tab
Article in Portuguese | LILACS, BDENF | ID: biblio-1393728

ABSTRACT

Resumo Objetivo Analisar o perfil sociodemográfico de pessoas homossexuais, bissexuais, travestis e transgêneros vítimas de violência interpessoal em São Paulo - SP, o contexto das ocorrências, as características dos agressores e os encaminhamentos feitos às vítimas. Métodos Estudo transversal desenvolvido por meio da análise das notificações de casos suspeitos ou confirmados de violência interpessoal no período de 2016 a 2020 na cidade de São Paulo, contidos no Sistema de Informação de Agravos de Notificação. A coleta foi feita entre fevereiro e março de 2021. Para análise estatística, foram empregados o teste exato de Fischer e o método de Holm. Resultados Foram obtidas 4.828 notificações de violência contra homossexuais, bissexuais, travestis e pessoas transgênero. A faixa etária mais acometida foi entre 20 e 34 anos (48,2%), de cor de pele parda ou preta (51,5%) e com ensino médio completo (24,7%). Os agressores foram homens (64,5%) com idade entre 25 e 59 anos (56,3%). Homens homossexuais tiveram maior associação à violência física, enquanto mulheres homossexuais e bissexuais sofreram maior violência psicológica (p<0,001). Travestis e mulheres transgênero com menor escolaridade foram mais vitimizadas. Houve associação da violência física ao sexismo (p<0,003) e da violência psicológica à homofobia ou transfobia (p=0,016). Predominaram encaminhamentos à rede de assistência à saúde e profilaxia às Infecções Sexualmente Transmissíveis. Conclusão Adultos jovens, pardos ou negros, com ensino fundamental ou médio foram as principais vítimas. As agressões ocorreram na residência ou em via pública, provocadas por homens mais velhos do que as vítimas, motivados por sexismo, homofobia/transfobia ou conflitos geracionais. Houve associação ao consumo de álcool pelo agressor.


Resumen Objetivo Analizar el perfil sociodemográfico de personas homosexuales, bisexuales, travestis y transgénero víctimas de violencia interpersonal en São Paulo, SP, el contexto de los episodios, las características de los agresores y las orientaciones dadas a las víctimas. Métodos Estudio transversal llevado a cabo mediante el análisis de las notificaciones de casos sospechosos o confirmados de violencia interpersonal en el período de 2016 a 2020 en la ciudad de São Paulo, incluidos en el Sistema de Información de Agravios de Notificación. La recopilación se realizó entre febrero y marzo de 2021. Para el análisis estadístico, se empleó la prueba exacta de Fisher y el método de Holm. Resultados Se obtuvieron 4.828 notificaciones de violencia contra homosexuales, bisexuales, travestis y personas transgénero. El grupo de edad más afectado fue entre 20 y 34 años (48,2 %), de color de piel parda o negra (51,5 %) y con educación secundaria completa (24,7 %). Los agresores fueron hombres (64,5 %), entre 25 y 29 años de edad (56,3 %). Hombres homosexuales tuvieron una mayor asociación a la violencia física, mientras que mujeres homosexuales y bisexuales sufrieron mayor violencia psicológica (p<0,001). Travestis y mujeres transgénero con menor escolaridad fueron más victimizadas. Hubo asociación de la violencia física al sexismo (p<0,003) y de la violencia psicológica a la homofobia o transfobia (p=0,016). Las orientaciones predominantes fueron derivación a la red de atención a la salud y profilaxis para las infecciones de transmisión sexual. Conclusión Adultos jóvenes, pardos o negros, con educación primaria o secundaria fueron las principales víctimas. Las agresiones ocurrieron en la residencia o en la vía pública, provocadas por hombres mayores que las víctimas, motivados por sexismo, homofobia/transfobia o conflictos generacionales. Hubo asociación al consumo de alcohol por parte del agresor


Abstract Objective To analyze the sociodemographic profile of homosexual, bisexual, transvestite and transgender people victims of interpersonal violence in São Paulo - SP, the context of the occurrences, the aggressor characteristics of and the referrals made to the victims. Methods This is a cross-sectional study developed through the analysis of notifications of suspected or confirmed cases of interpersonal violence, from 2016 to 2020, in the city of São Paulo, contained in the Notifiable Diseases Information System. Data collection was carried out between February and March 2021. For statistical analysis, Fischer's exact test and Holm-Bonferroni method were used. Results A total of 4,828 notifications of violence against homosexual, bisexual, transvestite and transgender people were obtained. The most affected age group was between 20 and 34 years old (48.2%), with brown or black skin color (51.5%) and with complete high school (24.7%). The aggressors were men (64.5%) aged between 25 and 59 years (56.3%). Homosexual men were more associated with physical violence, while homosexual and bisexual women suffered greater psychological violence (p<0.001). Transvestites and transgender women with less education were more victimized. There was an association between physical violence and sexism (p<0.003) and psychological violence with homophobia or transphobia (p=0.016). Referrals to the health care network and sexually transmitted infections prophylaxis predominated. Conclusion Young adults, brown or black, with elementary or high school education were the main victims. The assaults took place at home or on a public road, provoked by men older than the victims, motivated by sexism, homophobia/transphobia or generational conflicts. There was an association with alcohol consumption by the aggressor.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Child , Adolescent , Adult , Middle Aged , Aged , Aged, 80 and over , Sex Offenses , Transsexualism , Violence , Homophobia , Sexual and Gender Minorities , Gender-Based Violence , Transphobia , Cross-Sectional Studies
2.
Acta Paul. Enferm. (Online) ; 35: eAPE01826, 2022. tab
Article in Portuguese | LILACS, BDENF | ID: biblio-1393742

ABSTRACT

Resumo Objetivo Avaliar a qualidade de vida de mulheres estudantes de Enfermagem vítimas de violência de gênero e correlacionar as dimensões da qualidade de vida com os tipos de violência. Métodos Estudo transversal com 91 estudantes de Enfermagem de uma universidade pública da região Sudeste do Brasil entre setembro de 2019 e janeiro de 2020. Utilizou-se um questionário sociodemográfico, o World Health Organization Violence Against Women, seção 10, e o Abbreviated Quality of Life (WHOQOL-BREF). Resultados A maioria das estudantes eram brancas (85%), solteiras (87,9%), com idade entre 18 e 29 anos (95,6%) e residiam com familiares (74,7%). Cerca de 41,8% sofreu violência física desde os 15 anos e 30,8% violência sexual no mesmo período. Os casos de importunação sexual antes dos 15 anos ocorreram em 23,1% das participantes. Não houve domínio de qualidade de vida com médias classificadas como boas ou muito boas. Os domínios com menores classificações foram: psicológico (média 3,148) e meio ambiente (média 3,305). A violência sexual antes dos 15 anos esteve associada à menor satisfação geral com a saúde (p=0,034). Conclusão A qualidade de vida de estudantes de Enfermagem vítimas de violência de gênero requer atenção, tendo em vista a ausência de médias classificadas como "boa" ou "muito boa" nos domínios. Os efeitos da violência de gênero vão além dos danos físicos, tornando-se necessária a implementação de políticas públicas que se baseiam em estratégias de prevenção e enfrentamento desse problema de saúde pública para que as vítimas deste agravo possam ter uma melhor qualidade de vida.


Resumen Objetivo Evaluar la calidad de vida de mujeres estudiantes de enfermería víctimas de violencia de género y correlacionar las dimensiones de calidad de vida con los tipos de violencia. Métodos Estudio transversal con 91 estudiantes de enfermería de una universidad pública de la región sudeste de Brasil, entre septiembre de 2019 y enero de 2020. Se utilizó un cuestionario sociodemográfico, el World Health Organization Violence Against Women, sección 10, y el Abbreviated Quality of Life (WHOQOL-BREF). Resultados La mayoría de las estudiantes eran blancas (85 %), solteras (87,9 %), entre 18 y 29 años de edad (95,6 %) y residían con familiares (74,7 %). Cerca del 41,8 % sufrió violencia física desde los 15 años y el 30,8 % violencia sexual en el mismo período. Los casos de hostigamiento sexual antes de los 15 años ocurrieron en el 23,1 % de las participantes. No hubo dominio de calidad de vida con promedios clasificados como buenos y muy buenos. Los dominios con menores clasificaciones fueron: psicológico (promedio 3,148) y medio ambiente (promedio 3,305). La violencia sexual antes de los 15 años se relacionó con una menor satisfacción general con la salud (p=0,034). Conclusión La calidad de vida de estudiantes de enfermería víctimas de violencia de género requiere atención, considerando la ausencia de promedios clasificados como "buenos" o "muy buenos" en los dominios. Los efectos de la violencia de género van más allá de los daños físicos, lo que demuestra la necesidad de implementar políticas públicas que se basen en estrategias de prevención y enfrentamiento de este problema de salud pública para que las víctimas de este agravio puedan tener una mejor calidad de vida.


Abstract Objective To assess the quality of life of women Nursing students, victims of gender-based violence and to correlate the dimensions of quality of life with the types of violence. Methods A cross-sectional study with 91 Nursing students from a public university in the southeast region of Brazil between September 2019 and January 2020. A sociodemographic questionnaire, the World Health Organization Violence Against Women, section 10, and the Abbreviated Quality of Life (WHOQOL-BREF) were used. Results Most students were white (85%), single (87.9%), aged between 18 and 29 years (95.6%) and lived with family members (74.7%). About 41.8% suffered physical violence from the age of 15 years and 30.8% suffered sexual violence in the same period. Cases of sexual harassment before the age of 15 years occurred in 23.1% of the participants. There was no domain of quality of life with means classified as good or very good. The following domains had the lowest ratings: psychological (mean 3.148) and environment (mean 3.305). Sexual violence before the age of 15 years was associated with lower overall health satisfaction (p=0.034). Conclusion The quality of life of Nursing students who are victims of gender violence requires attention, given the absence of means classified as "good" or "very good" in the domains. The effects of gender violence go beyond physical harm and demand the implementation of public policies based on strategies to prevent and face this public health problem so the victims can have a better quality of life.


Subject(s)
Humans , Female , Adolescent , Adult , Young Adult , Quality of Life , Students, Nursing , Women's Health , Violence Against Women , Gender-Based Violence , Cross-Sectional Studies
3.
Rev. bras. enferm ; 74(5): e20200539, 2021. tab
Article in English | LILACS-Express | LILACS, BDENF | ID: biblio-1251200

ABSTRACT

ABSTRACT Objective: to identify the sociodemographic profile of nursing students who suffered gender violence and to know the characteristics of the violence that occurred in this population. Method: a cross-sectional study with 91 nursing students from a public university in southeastern Brazil, between September 2019 and January 2020. A sociodemographic questionnaire and the World Health Organization Violence Against Women, section 10 were used. Results: approximately 65% suffered some form of gender violence during their lifetime, mainly perpetrated by family members. 41.7% were victims of physical aggression, 23% suffered sexual harassment, 30.8% suffered sexual abuse. There was a pattern of intergenerational violence (p<0.001), vulnerability of self-declared lesbians and/or bisexuals (p=0.705), Christian or evangelical (p<0.001). Conclusion: gender violence was high among those surveyed. The experience of forms of violence can damage students' lives. There is a need for attention from teaching institutions and professors in addressing the theme.


RESUMEN Objetivo: identificar el perfil sociodemográfico de estudiantes de enfermería que sufrieron violencia de género y conocer las características de la violencia ocurrida en esta población Método: estudio transversal, con 91 estudiantes de enfermería de una universidad pública del Brasil, Sureste, entre septiembre de 2019 y enero 2020. Se utilizó un cuestionario sociodemográfico y la sección 10 de World Health Organization Violence Against Women. Resultados: aproximadamente 65% sufrió alguna forma de violencia de género durante su vida, perpetrada principalmente por familiares. 41,7% fueron víctimas de agresión física, 23% sufrió acoso sexual, 30,8% sufrió violencia sexual. Hubo un patrón de violencia intergeneracional (p<0,001), vulnerabilidad de lesbianas y/o bisexuales autodeclaradas (p=0,705), cristianas o evangélicas (p<0,001). Conclusión: la violencia de género fue alta entre los encuestados. La experiencia de formas de violencia puede dañar la vida de los estudiantes. Es necesario que las instituciones educativas y los maestros presten atención al abordar el tema.


RESUMO Objetivo: identificar o perfil sociodemográfico de estudantes de enfermagem que sofreram violência de gênero e conhecer as características da violência ocorrida nesta população. Método: estudo transversal, com 91 estudantes de enfermagem de uma universidade pública da Região Sudeste do Brasil, entre setembro de 2019 e janeiro de 2020. Utilizou-se um questionário sociodemográfico e o World Health Organization Violence Against Women, seção 10. Resultados: aproximadamente 65% sofreram alguma forma de violência de gênero durante a vida, perpetrada, principalmente, por familiares. 41,7% foram vítimas de agressão física, 23% sofreram importunação sexual, 30,8% sofreram violência sexual. Houve padrão de violência intergeracional (p <0,001), vulnerabilidade das autodeclaradas lésbicas e/ou bissexuais (p=0,705), cristãs ou evangélicas (p <0,001). Conclusão: a violência de gênero foi elevada entre as pesquisadas. A experiência de formas de violência pode gerar danos na vida das estudantes. Há a necessidade de atenção das instituições de ensino e docentes na abordagem do tema.

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